Nos últimos meses, o Metaverso tem se tornado destaque em conversas pelo mundo todo, porém, você sabe o que é Metaverso? Com o rápido desenvolvimento da tecnologia, vários mecanismos estão sendo criados para interligar o universo digital ao físico, e o Metaverso é uma dessas tecnologias.
Dessa forma, o Metaverso atua como uma ferramenta capaz de proporcionar ao usuário uma experiência totalmente imersiva, interativa e realista.
Mas por ser um conceito um tanto quanto novo, muitas pessoas ainda não entenderam direito o que é o Metaverso e como ele funciona. Por isso, o artigo que preparamos vai ser de grande ajuda para você entender mais sobre o assunto. Quer saber mais sobre o Metaverso, bem como as vantagens e até mesmo os perigos dessa tecnologia? É só conferir até o final do conteúdo que preparamos.
O que é Metaverso?
Como é muito bem explicado em um vídeo do canal Nerdologia no youtube, o termo Metaverso foi cunhado por Neal Stephenson em sua obra Snow Crash.
A ideia de Metaverso aparece com outros nomes em inúmeras obras, Cyber Espaço em Neuromancer, Oasis em Jogador nº 1 e até Matrix no filme Matrix. Contudo, alguém que já explicou muito bem o que é o Metaverso foi o Dwight da série humorística da NBC The Office quando indagado sobre o Second Life. Ele disse “Não é um jogo. É um universo virtual multiusuário. Não tem pontuação, vencedores nem perdedores”.
Second Life, uma aplicação produzida em 2003 é uma das muitas realizações de um Metaverso. Nesta aplicação, como também em outras abordagens a um Metaverso, criam-se espaços equivalentes ao mundo real, como lojas, universidades, ambientes de trabalho, de forma que as nossas experiências online começam a se tornar muito mais próximas às do dia-a-dia e a fronteira entre esses 2 mundos começa a se tornar mais incerta. As novas tecnologias de interação imersiva trouxeram um novo ânimo ao assunto do Metaverso além de expandir as possibilidades de como conseguiremos desfrutar das suas vantagens, seja através de uma imersão completa ou parcial como discutiremos um pouco mais ao longo do artigo.
Por que o Metaverso foi criado
Como dissemos, as novidades tecnológicas no campo de interação imersiva ajudaram a trazer novos horizontes ao assunto do Metaverso, empresas como a Meta, Microsoft, Valve, entre outras, tem investido para conseguir seu espaço nesse mercado cada vez mais eminente.
A Meta anunciou o seu Metaverso em Janeiro de 2021 naquele famigerado vídeo do nosso querido Zuckerberg explicando sobre todas as coisas que eles imaginavam que seria possível ao consumidor final uma vez que imerso através dos seus dispositivos de realidade virtual (VR – Virtual Reality).
A Microsoft entrou na competição pelo seu espaço de Metaverso através do Hololens, que traz o Metaverso ao mundo real de uma forma um pouco diferente. O dispositivo da Microsoft utiliza uma tela que traz hologramas em sobreposição à sua visão além de mapear as suas mãos e permitir que você interaja com as projeções na pegada Homem de Ferro, o que chamamos de realidade aumentada (AR – Augmented Reality).
À princípio o Hololens também tinha um foco muito grande no consumidor final. Recentemente a empresa tem percebido as maiores vantagens de oferecer esse tipo de produto a empresas e criadores e tem procurado focar mais em dar suporte a este nicho. Estes dispositivos, cada um à sua maneira, vêm para permitir a empresas, criadores, gamers, pessoas de um modo geral, atinjam um novo nível de interação e colaboração à distância, seja sobrepondo o mundo real com o Metaverso ou imergindo os usuários no próprio Metaverso.
Como acessar o Metaverso
Apesar dos avanços, a porta de entrada para todo este universo – ou melhor, Metaverso – parece permanecer ainda bem estreita. Existem algumas opções de dispositivos para te ajudar a experimentar o Metaverso, mas a maioria deles não são o que se pode chamar de “acessíveis”.
O Facebook utilizava a série Oculus Quest de headsets que, com a repaginação da marca e adoção do nome Meta, tornou-se Meta Quest.
O Meta Quest 2 está disponível na loja própria do facebook em 2 modelos, 128GB de $299 USD (equivalente hoje a R$ 1608,41) e o de 256GB de $399 USD (equivalente hoje a R$ 2146,34). Estes valores são a respeito do Óculos VR com suas manoplas e alguns outros pequenos acessórios.
A Microsoft também está atualmente na versão 2 do seu produto, o Hololens 2, que conta com uma variabilidade de modelos com adaptações para diferentes tipos de indústria permitindo uso com diferentes tipos de equipamentos.
A versão mais simples custa $ 3500 USD (equivalente hoje a R$ 18827,55) e conta com os atributos mais básicos.
Hololens 2 Industrial Edition sai pela bagatela de $ 4950 (equivalente hoje a R$ 26627,53) e conta com um número de certificados específicos para a indústria, como o ISSO 14644-14 e designado ISSO Class 5.0, além de alguns outros features.
O mais caro da Microsoft, Trimble XR10 com Hololens 2 é um conjunto de capacete com o headset, com cancelamento de ruído na saída de áudio e outros features. Sai por simplesmente $ 5199 USD (equivalente hoje a R$ 27966,98).
Isso mostra claramente como a Microsoft tem focado mais os seus esforços em oferecer recursos e soluções para empresas e indústrias em vez de estar tão focada no consumidor final como parece estar a Meta.
Claro, existem outras alternativas, tanto mais baratas como mais caras de dispositivos de realidade virtual (VR) ou aumentada (AR). A forma mais barata de interagir com a tecnologia de realidade aumentada (AR) é, na verdade, bem acessível. Através de um smartphone ou tablet qualquer pessoa hoje consegue utilizar filtros ou aplicativos como o PokemonGo que trazem projeções sobrepostas ao mundo real, evidentemente, sem a mesma imersão e nível de interatividade que um Hololens proporcionaria.
Além de tudo isto, precisamos também falar sobre o que atualmente pode se considerar a forma máxima de imersão e interatividade com o Metaverso, as “esteiras”.
Isso mesmo, se você achou que o futuro da humanidade estava fadado e experiência de vida dos passageiros do cruzeiro espacial do filme Wall-e, você provavelmente não contava com as esteiras.
Existem alguns modelos diferentes que permitem aos usuários aumentar ainda mais o nível de interação entre os seus corpos e o Metaverso:
- Kat Walk Mini: custa $ 2999 USD (equivalente hoje a R$ 16156,21)
- Virtuix Omni: custa $ 1995 USD (equivalente hoje a R$ 10747,46)
- Cyberith Virtualizer: preço inicial de $ 599 USD (equivalente hoje a R$ 3226,93)
Existem outros dispositivos, estes são apenas alguns dos mais relevantes.
Vantagens do metaverso
O que fica muito claro é que, mais uma vez na história da humanidade, a relevância da distância, os obstáculos que ela trazia à interação e colaboração, está sendo reduzida.
O Metaverso chega trazendo novas abordagens a diversos campos, novas maneiras de diagnosticar, planejar, projetar e até mesmo ensinar se tornam possíveis com as aplicações do Metaverso.
Um grande diferencial entre o Metaverso e as redes sociais da forma que já estamos acostumados é que, no Metaverso, essa aproximação se dá de uma forma muito mais “física” do que através de redes como o Facebook ou Twitter, talvez até trazendo um pouco mais do “calor humano” a esses contatos virtuais. O uso dos avatares e da movimentação num espaço físico, ainda que virtual, pode ajudar a imergir os usuários nas sensações de estarem compartilhando aquele espaço virtual.
Além disso, o Metaverso apresenta novas perspectivas de oportunidades de negócios. Novas maneiras de expor e vender produtos como vestuário, equipamentos esportivos ou utensílios de forma geral, novas formas de se criar vídeos, filmes, shows, que não precisam ser apenas assistidos na tela de um celular mas podem ser presenciados através dos avatares.
Um número quase infinito de soluções para os problemas de hoje e até mesmo de alguns que ainda nem existem podem habitar este novo universo. Sem contar que a corrida para desenvolvimento de novas tecnologias de VR e AR certamente trazem novos horizontes ao mundo dos games. Talvez a realidade de Jogador Número 1 e Sword Art Online estejam mais próximas do que imaginamos!
Problemas com o metaverso
Apesar de tantas vantagens e possibilidades deslumbrantes, não é como se tudo fosse flores. Quanto mais nos emaranhamos num mundo totalmente digital, mais nos expomos a algumas situações que talvez não tenhamos tanto preparo para resolver.
O Cibercrime é um conceito extremamente recente e muito ainda precisa ser descoberto sobre a real extensão das vulnerabilidades que temos ao nos expormos online.
Outro problema que emerge com o aumento da carga horária gasta online é sobre como algumas pessoas podem criar uma desconexão com o mundo físico, tornarem-se adictas a estarem nesse ambiente virtual, além de aumentar o sedentarismo e comorbidades. Especialmente para crianças e adolescentes que, em fase de desenvolvimento, podem sofrer muito ao se debruçarem sobre este mundo digital de forma muito extensa. Um problema que já era real antes mesmo do Metaverso, é válido lembrar.
Talvez equipamentos como as esteiras mencionadas acima possam ajudar a mitigar o sedentarismo de uma vida cada vez mais online mas, é preciso lembrar, estes equipamentos continuam longe de serem acessíveis.
O cyberbulling também é uma das maiores preocupações. O bullying, de forma geral, já é algo muito nocivo. Acontece que, nos ambientes virtuais, onde o anonimato geralmente é uma opção, já temos visto em lugares como Twitter ou Instagram, pessoas levarem o bullying além do que seriam capazes caso estivessem presencialmente na mesma situação. Quanto mais nossa vida se passa nesses ambientes virtuais, infelizmente, mais podemos estar expostos a uma “toxidade” natural desses ambientes.
Agora você já sabe um pouco mais sobre o Metaverso, bem como as vantagens que a tecnologia vai trazer para a sociedade.
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