Recentemente o ex-CEO do Twitter, Jack Dorsey, tem falado de sobre Web5 e os problemas que a Web3 cria ao tentar resolver os da Web2. Mas, afinal, o que são essas Web1, Web2, Web3 e Web5?
O que é a Web1?
Nos anos 1990s e 2000s a internet havia de fato chegado a uma boa parte da população brasileira e fomos introduzidos a uma série de recursos que antes apenas imaginados.
As primeiras versões do Internet Explorer, MSN, Google, Yahoo, entre outros, são todos exemplos de aplicações da era da Web1.
Na Web1, a maior parte dos conteúdos era estático, com praticamente nenhum tipo de interação e muito baseado nas empresas.
O que é a Web2?
A internet como conhecemos hoje é o que definimos como Web2. Youtube, Facebook, Dropbox e Uber, a Web2 é muito mais compartilhada e seu conteúdo bem mais dinâmico. A interação do usuário na Web2 acontece principalmente através das redes sociais.
Na Web2 o usuário se tornou capaz de ser o criador do seu próprio conteúdo, ao contrário da Web1 onde o acesso as ferramentas de criação na Web1 era mais difícil de forma que as empresas eram as principais operadoras na criação de conteúdo.
O que é a Web3?
A ideia da Web3 é resolver alguns problemas ocasionados pela Web2.
Ao navegar na Web2 e utilizar os recursos como guardar seus arquivos na nuvem ou criar uma conta em uma plataforma de rede social você vai inevitavelmente acabar compartilhando seus dados pessoais com terceiros, o que pode ser considerado um risco à segurança das suas informações privadas.
Se você criar contas em vários sites vai, inclusive, precisar preencher novamente todas as informações que você já deu em outro site porque sites de companhias diferentes não possuem interoperabilidade.
Sem intermediários, descentralizada, a Web3 procura resolver essas questões criando uma internet não centralizada nas empresas que operam nela. Através do uso de blockchain, um usuário pode ter suas informações salvas e autenticadas sem precisar as expor a empresas que podem vender seus dados ao mercado, além de ter total interoperabilidade, uma vez que suas informações não ficam em posse das empresas. A Web3 é totalmente sobre trazer a posse das informações diretamente ao usuário.
Quais os problemas da Web3?
Se a Web3 faz tudo isso, por que então se fala de Web 5 e o que ela quer resolver?
A grande questão com a Web3 é que, enquanto ela resolve grandes problemas da Web2, ela gera alguns para si.
A forma que a Web3 opera em blockchain acaba por tornar inviável que a maioria dos usuários sejam capaz de a utilizar, a quantidade de dados que os “nós” (nodes) da corrente precisa armazenar é impraticável para a maioria.
A taxa de comissão dinâmica também pode tornar a operação na blockchain muito custosa em momentos de alta demanda.
Além disso tudo, a blockchain é um banco de dados público, portanto, todas as informações registradas lá seriam públicas, não havendo então privacidade desses dados.
O que é a Web5?
A Web5 se utiliza do Bitcoin como rede monetária descentralizada mais um aparato de componentes de software como os Identificadores Descentralizados (DIDs), Webnode Descentralizado (DWNs), Serviço de Identidade Auto-soberana (SSIS) e Kit de Desenvolvimento de Software (SDK) de identidade auto soberana (SSI-SDK).
Através de tudo isto, as aplicações propostas para a Web5 tem o principal objetivo de fazer com que o usuário seja o único detentor dos dados e arquivos de identidade, deixando os desenvolvedores de aplicativos concentrados apenas e fornecer a melhor experiência de usuário (UX), não a proteção de dados.